segunda-feira, 11 de abril de 2011

A culpa é do Videogame.

Após mais um caso de chacina na escola, novamente o videogame e seus “jogos violentos” aparecem como vilões e também responsáveis pela tragédia.

Parece que a cada dia o CSI vai perdendo mais a graça. Tá fácil investigar crime.

-O cara explodiu uma bomba no metrô? Mas era óbvio! Ele sempre jogou Campo Minado. Caso encerrado.

- O rapaz estuprou a menina? Mas era óbvio. Ele nunca foi bom em Paciência. Caso Encerrado.


Especialistas sempre relacionam assassinatos com o videogame. Eu queria saber qual a relação do Tetris, do Pac Man e do River Raid nas DUAS GUERRAS MUNDIAIS, que aconteceram antes mesmo da televisão existir?

Não sei vocês, mas não imagino o Hitler gritando:

-CARACA!!! ZEREI O SONIC! CHUPA ROBOTNIC!!!!! BORA MATAR UNS JUDEUS PRA COMEMORAR!!!


Acho até que se tivesse o videogame naquela época aí é que não teria guerra. Os caras estariam tentando zerar o Enduro. Não iam ter tempo de fazer mais nada.

-Os alemães estão chegando na cidade.
-Deixa eles. Ainda tô na fase da neve.


Na boa? Acho que o Super Homem incentiva muito mais morte que o GTA. Pra ser Super homem, basta colocar uma toalha nas costas e pular da janela. Fim. Morreu.

Pra roubar todo mundo e virar o gangster da cidade é muito mais complicado. Olha aí quanto tempo o Sarney levou.

Inclusive, acho que o GTA é muito educativo. O sujeito rouba um carro e na hora já aparece a policia. Você fica desesperado.

Se você pegar um lança-chamas e usar nas pessoas, meu amigo, aparece a Swat e te enche de tiro. A criança vendo isso na hora associa:

-Nunca usar um lança-chamas.

Sinceramente, se videogame realmente influenciasse as pessoas eu seria viciado em cogumelo e entraria em todos os canos da cidade. Ia enfiar a cabeça em blocos de concreto pra ganhar dinheiro.

No transito eu tava feito. Quero passar? Jogo uma casca de tartaruga no motoboy.

Tá com raiva do camelô? Solta haduken.

Alias, quem dera se o videogame influenciase as pessoas. Imagina que legal o Adriano magro e fazendo gol na vida real?

Você atrasado pra chegar no trabalho, passa no CHECKPOINT e ganha mais 1 horinha?

Se o videogame fosse de verdade, com certeza o mundo ia ser menos violento. Ia dar muito menos confusão se o Corinthians ganhasse semanalmente a Libertadores.

Esse texto ficou uma merda, né? Culpa do videogame.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mi Fin de Año. Ou melhor, MEU REVEIÃO.

Estima-se que 2 milhões de brasileiros passaram o Réveillon em Copacabana. Os outros 198 milhões com certeza estavam em Buenos Aires.

Eu era um desses.

Sem querer pagar de chato, mas é estranho fazer uma viagem internacional e ver as mesmas pessoas que você está acostumado a ver todos os dias. É que nem ir ao puteiro e encontrar a sua própria esposa.

Tinha horas que eu pensava.

- Porra, eu queria ver uma argentininha só. Acho que vou pra Floripa.

Dica: se você quer viajar com sua amante no final de ano, não vá para Buenos Aires. Você não tá indo escondido de ninguém. Fica em São Paulo que tem menos gente.

Agora eu entendo porque acham que Buenos Aires é a capital do Brasil. O americano chega lá e só encontra brasileiro.

Nem castelhano mais o pessoal falava. Você entrava numa loja e a galera se comunicando em português com as atendentes. Dava muita dó.

-Aí ó, essa parada aqui ó,....tem essa bagacinha muito louca na cor vermelha???

- Como??? No compreendo!!!!

-Veeeeeeeerrrrrrrrr meeeeeeeeeee lhaaaaaaaaaa....porra, num fala minnha lingua???


Pior que na maioria dos casos, os argentinos é que tinham que se adaptar. Juro que vi um argentino mandando um “ És Nosotros”. Juro.

Quem não foi nem faz ideia. Tinha tanto brasileiro que uma hora eu jurava que o funcionário da loja ia perguntar:

-Nota fiscal paulista, senhor?

Me dá a impressão que os argentinos ficam em Buenos Aires no fim de ano só para aprender português. Eles pensam:

- Carnaval tá chegando, preciso aprender português? Vou me inscrever na loja da Puma. És nosotro.

Mas enfim, tirando isso meu réveillon foi bem legal. Peguei 9 suecas durante os fogos de artifício e no fim solei Sweet Child O Mine para 55 mil pessoas. Tá bom vai, não vou mentir. Com certeza você tava por lá e viu que não foi assim.

Saco, viu? Que vantagem tem você viajar para um lugar e quando voltar não poder mentir?

Feliz 2011 a todos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MINHAS FÉRIAS

Oi, eu sou o Maurício e vim aqui falar das minhas férias em Nova York com meu papai e minha mamãe. A viagem toda começou faz 5 meses quando conseguimos marcar o dia para ir no consulado tirar o visto. Sim, 5 meses. Pouco né? Considerando a quantidade de documentos que eles exigiram, achei que não ia dar tempo.

Nesse período juntei todos os documentos exigidos para provar que os Estados Unidos me merecem. Claro que dei destaque ao meu boletim e, principalmente àquela nota baixíssima em Geografia. Pensei:

-Se eles notarem que eu também cago pro mundo a minha volta e acho que Buenos Aires é a capital do Brasil, tô dentro.

Aí depois eu preenchi o formulário deles provando que moro no Brasil, que sou uma pessoa do bem, que não quero ir lá a trabalho e que só mereço ir pra lá porque, sim, admiro bastante a cultura deles, da mesma forma que admiro a de países europeus e asiáticos, onde nunca tive dificuldades de fazer uma visita. Confesso que deu muita vontade de fazer piada com as seguintes perguntas:

- Você está levando artefatos explosivos para os EUA?
-Você já assassinou alguém no Brasil?
-Você participa de algum grupo terrorista?


Do jeito que os americanos são metódicos, capaz de um terrorista responder SIM às perguntas e o consulado falar:

- Parabéns, foi honesto. Merece ir pra Disney.

Aliás, o processo de documentação e formulários é tão rigoroso e chato que até o Mickey teria problemas se não nascesse lá.

- Senhor Mickey. To vendo aqui que você não tem residência, nem emprego fixo. Cada hora tá fazendo uma atividade diferente. Seu único vínculo é uma namorada. Deduzo então que os dois vão para os EUA casar, né? Seu rato. Visto negado.


Enfim, depois desses 5 meses caçando desde minha certidão de nascimento até meu Código Net chega o tão esperado dia de retirar o visto. Ênfase na palavra dia. Você literalmente o gasta inteiro. Diria eu que o consulado americano é uma espécie de poupatempo chique: você tem burocracias, filas, senhas, mas quem te atende sabe falar inglês.

É um total de 30 minutos para entrar no consulado, mais 40 minutos para pegar uma senha, mais 30 minutos para entregar sua documentação, mais 2 horas para tirar suas impressões digitais, mais 1 hora e meia para entrar numa fila e aí sim fazer a entrevista que decide se você é apto ou não. Já pensou? Ficar esse tempo todo e, além de tudo, ser reprovado? Pra facilitar, por que não colocam a entrevista logo no início?????

- O senhor trabalha aonde?

-Al Qaeda.

- Putz, seu Mohammed. Precisa pegar a fila não. A saída é logo ali.


Fim. Mohammed sai tranqüilo, EUA ficam tranqüilo. Todos saem ganhando. Agora fazer o cara ficar 5 horas para receber um “NÃO” é motivo pra ele ir até os EUA só pra explodir uma bomba. Talvez se o processo de imigração fosse menos torturante, não teríamos os ataques de 11 de Setembro. Acredito nisso.

Entendo a questão de segurança. Mesmo. Mas acho injusto essa supremacia americana de analisar quem merece visitá-los. Nenhum país tem essa papagaiada, só lá. O Brasil devia seguir o exemplo só de sacanagem.


-Senhor Americano, tudo bem? O senhor tá indo ao Brasil pegar puta no carnaval, né? Tem algum atestado comprovando que o senhor não é casado? Ah, que pena. Visto negado.


O final é que depois de 5 horas e quase 2 minutos de entrevista consegui meu visto. Detalhe: sem precisar abrir uma única pasta. A funcionária americana simplesmente me perguntou o motivo da viagem, quando eu voltaria e fim. Foi a única hora que eu me senti um ser humano de novo. Até porque, sinceramente, se eu quisesse explodir uma bomba nos EUA ou me casar com uma Mexicana no Texas, não seria uma documentação que ia me impedir, certo? Ninguém vai pensar:

- Caramba, esse tal Maurício Meirelles tem um apartamento próprio. Certeza que é do bem. Pessoas com apartamentos próprios dificilmente explodem coisas. Eles são sensatos.

Me dá impressão que eles fazem isso tudo só pra sacanear mesmo. É quase um “Quer conhecer a Disney, né? Vamos ver se você quer mesmo”. Acho que é alguma estratégia de contenção de fila dos parques lecionadas pelo Bope.


- Ahhhh não agüentou ficar 5 horinhas na fila da imigração? Não tá apto a agüentar a fila de 12 horas do Evolution. Pede pra sair...seu moleque....


O importante é que consegui o visto. Daria perfeitamente para falar sobre minhas férias em Nova York, mas acho que elas não vão acontecer. Sabe o que é? Perdi a vontade. E outra: Salvador parece ser tão mais receptivo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dormir em Avião

A stand up comedy tem um grande diferencial em relação a outros formatos de humor: a renovação constante de material/piadas, já que os temas são baseados no cotidiano. O problema é quando o nosso cotidiano se resume apenas em “acordar”, “trânsito”, “aeroporto”, “show”, “hotel”, “fazer orgia com 3 suecas” e “dormir”.

Os temas acabam não variando muito por conta dessa agenda meio doida, mas mesmo assim não podemos deixar de comentar. E numa dessas viagens, cansado pra caramba, observei uma coisa: é praticamente IMPOSSÍVEL descansar numa viagem de avião. Se seu objetivo é relaxar, prefira ir de trator até Belém.

Começando pelo fato de você ter que acordar 2 horas antes do vôo pra conseguir chegar pro embarque. Afinal, você precisa estar lá 40 minutos antes. Por isso que aeromoça é fetiche masculino: é a única mulher que já tá pronta 40 minutos antes da gente precisar sair.

Aí é aquela confusão toda do embarque. Passa no Raio-X, tira todos os metais da calça, tira cinto, coloca a bagagem de mão. Nessa hora eu fico apreensivo. Não sei porque mas sempre acho que vai apitar justo na minha bagagem. Vai que minha mãe colocou cocaína só pra me sacanear, sei lá.

Mesmo sem ela ter colocado, sempre apita e o policial tem que revistar minha mala na frente de todo mundo. É muita vergonha. Dá vontade de falar:

-Seu policial, tô levando drogas, armamentos, o corpo de um palestino. Pode me prender. Nem precisa abrir minha mala.

Porque tudo é menos constrangedor do que o policial abrir sua mala e o aeroporto inteiro ver que você tem uma cueca do Bob Esponja.

Enfim, passado o sufoco você embarca. Entra no avião e senta na poltrona mais apertada que calça de sertanejo. A partir daí, fudeu. Fica um arzinho na sua cara que dá o maior sono do mundo. Você senta e já quer dormir. Acho que em cima do bagageiro fica o Fábio Puentes assoprando.

Comigo o sono é instantâneo. Precisa operar o rim? Não precisa de hospital, anestesia. Leva um cirurgião até um Fokker 100 e tá beleza.

Você tá ali quase babandinho e pronto: fim do sono. Acaba o embarque e o momento da aeromoça dar suas Boas Vindas e Instruções. Claro que ela vai falar. É uma aeroMOÇA. Tem que detalhar tudo que acontece. Se fosse aeroMOÇO, ia rolar no máximo um:

- Fala aí galera, tranqüilo? Ó, tem cerveja, suco de goiaba, barrinha....Só pegar. Se der merda no voo, coloca a mascara na cara. Primeiro em você, foda-se o moleque. Pra sair tem duas portas ali, ó. Bom, é isso. Vou mandar um barro. Falou.

Pelo menos a gente prestaria mais atenção. Pois já reparou que enquanto as aeromoças estão dando as instruções, ninguém mais presta atenção? Todo mundo já viu e já sabe. Ninguém ta nem aí. Capaz de dar alguma merda no vôo e você:

-Caralho, onde é a porta de Emergência???? Na hora que ela falou eu tava fazendo cruzadinha.

Se eu fosse aeromoça, juro que eu tentaria cativar mais as pessoas. Sei lá, põe uma teta pra fora, faz um pole dance, dá as instruções em forma de Axé.

-Saída de Emergência? É na parte traseira, na parte traseira, na parte traseira.....DANADA

Todo mundo ia prestar atenção. Isso é fato.

O pior é que as instruções dão sono, mas eu não consigo dormir por que morro de medo da decolagem. Preciso esperar ela acontecer pra tentar cochilar. Mas é muito medo mesmo. Pior ainda se no avião vier uma freira, pois tenho a plena certeza que ele vai cair. Afinal, o que as freiras mais querem é chegar perto de Deus, não é? Devem pensar:

-67 anos e ainda sou virgem? Que caia logo essa porra.
Aí o avião decola. Silêncio, tranqüilidade, soninho. Passam exatos 5 minutos e o Comandante TEM que se apresentar. PORRA, POR QUE NÃO FEZ ISSO ANTES JUNTO COM AS COMISSÁRIAS? O cara entrou de repente no avião? Não, caceta. Então por que tem que ser depois????

Aí você tenta dormir de novo e PLIM. Ele avisa das condições de temperatura, quantos pés o avião está sobrevoando. FILHO DA PUTA. É só pra acordar!!!!!!!

Me dá a impressão que eles ficam rindo na cabine e cantando.

- SE EU NÃO DURMO, NINGUÉM DORMEEEEEEEEEEE.

- Isso aí, comissário....fode eles!!!!!! HAHAHAHAHA


Daqui a pouco no meio do vôo os caras vão cantar:

- Comissária Beatriz roubou pão na casa do Joãooooooooo.............

Você ta ali de novo, quase dormindo.

- SERVIÇO DE BORDO

Durante esse período você não pode fazer nada. Pois fica na expectativa de comer. Nisso, são quase 20 minutos acordados de espera para engolir uma barrinha de cereal em 13 segundos.
Legal! Comeu rápido, volta a dormir rápido, né? Não. Eles precisam te manter acordados o tempo todo, lembra? Eles precisam voltar para retirar o seu lixo!!!! E com isso você precisa esperar mais 15 minutinhos.

Entregou o lixo, deitou a cabeça, deu soninho, PLIM: mais um aviso. A cidade do seu destino está chovendo e com 19 graus. Como se alguém precisasse dessa informação:

- Ah não acredito!!!! Tá chovendo em Maceió? Vou descer agora dessa merda. Queria pegar praia, porra.


Mais 10 minutinhos de cochilo e o aviso que o avião está se preparando para o pouso. Poltronas na vertical, cintos afivelados, mas o avião só vai pousar 45 minutos depois. Por que não avisa faltando apenas 3 minutos???? Simples, pra manter você acordado.

O avião pousa, você desembarca, passa mais 30 minutos na esteira esperando sua mala. Afinal, nunca é a primeira. Nunca vi alguém pegando a primeira bagagem da esteira. Acho que quem coloca aquela bagagem é a própria empresa aérea para as outras bagagem irem seguindo.

Bagagem encontrada e aí enfim você entra num táxi pra descansar no caminho até o hotel. Aí sim....poltroninha espaçosa, banco de couro, você encosta a cabecinha....quando de repente:

- E o Timão, hein? Classifica?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma pedra no meio do meu caminho.

Fazia tempo que eu não escrevia aqui, né? A culpa disso tudo: pedra nos rins. Tá certo que não escrevo há 10 meses, mas eu precisava culpar alguma coisa. E ultimamente não há outro culpado. Fui grosso contigo? Pedra nos rins. Faltei trabalho? Pedra nos Rins. Botafogo perdeu? Óbvio, escalaram o Fahel.

Descobri este “incômodo” faz alguns dias. Culpa da falta de água no organismo. De hoje em diante, quando algum ambientalista me encher o saco pra economizar água, mostrarei meu rim pra ele. Racionamento é o cacete. Seja egoísta. Beba toda a água do planeta. As samambaias nunca vão sentir dor mijando, você sim.

Na boa, é muita dor. Se o médico receitasse 78 chutes no meu saco até a pedra sair, juro que eu consideraria. Inclusive ia pedir pro Felipe Melo fazer o trabalho, que é pra não ter erro.

-Eae Felipe, eu sou um atacante Holandês e você tem que me marcar. Valeeendo.


Dizem que Pedra no Rim só perde para a dor do parto. Mas como eu nunca ficarei grávido, isso não alivia em nada minha vida. Inclusive até duvido dessa informação. Parto dói, mas nasce um filho. Rola uma compensação. Na hora que essa pedrinha sair de mim, não vou dar beijinho, chamar a pedra de Cauã, ter uma camisa com a foto da pedra vestida de Super-Homem.

Pra compensar o sofrimento, o mundo podia ser mais justo.

-Senhor, é Pedra nos Rins. Minhas recomendações médicas: tem que receber Boquete de 30 em 30 minutos, até a pedrinha sair. Só sai na sucção
.

Seria bem mais justo. É tipo tomar sorvete quando tem que operar amígdala, ganhar pirulito quando toma vacina...Aliás, toda doença devia ter isso.

Mas não, além de doer pra caramba você é obrigado a mostrar o pau para um Urologista. Homem. Sexo masculino. Não existe mulheres Urologistas. Se existir um filme pornô chamado “As Urologistas” certeza que é de travesti. Não tem mulher Urologista. O que prova que mulher não gosta de piru. Ela gosta é de dinheiro. Vá em qualquer Joalheria. Vê lá se não tem uma mulher pra te atender....

Por mais que seja uma questão profissional é constrangedor. Acredito que pro médico também. Interromper o almoço para mexer em piroca não é uma das coisas que você imagina no pré quando desenha “o que quer ser quando crescer”.

Deve ser muito ruim pra ele. Desde o vestibular ouvindo piadinhas do tipo “ aeeee, passou na prova mas vai levar pau” ou “ É Urologista, né? Então Pega aqui”. Sem sacanagem, ele deve adorar receber pacientes bem dotado. Chega um negão e ele examina de longe, quase 1 metro de distância.

- É Sífilis. Pode ir embora.

Já quando aparece um japonês, deve ser um puta sofrimento. Tem que apalpar, pegar, fazer um carinho pra ver se aparece alguma coisa.

E é nessa que eu tenho medo. Vai que ele me examinando rola uma reação. Vou falar o quê?

-Pois é, doutor. Exatamente por isso que eu vim aqui. Meu pênis sobe quando apalpado por homens. Deve ser pedra nos rins, né?

domingo, 22 de novembro de 2009

Lista de presentes.

Galera


Como muitos sabem, meu aniversário ta chegando. É no próximo dia 28/11. Muitas pessoas me mandam mensagem do que eu gostaria de receber e tal. Eu, pra fazer papel de bom moço que sou, sempre respondo com um:

- Ahhh, não precisa.....Brigado.

E realmente não precisa. Mentira. Sério, não precisa mesmo. Mentira. Maaaaaaaaaaas caso você ache que precise, vou facilitar sua vida com........


LISTAS DE PRESENTES COM TUDO AQUILO QUE QUERO MUITO.



1- Óculos do Chaves

Eu sempre quis ter. Nunca me deram. Vai que agora rola. Tinha inveja dos meus amigos que falavam a frase: “nossa, tomar leite morno é animal porque a bebida passa quentinha no seu rosto”


2- Paz mundial


3-Débora Secco

4-Ventilador Arno 4 velocida
des

5-DVD Maurício Meirelles Live in Madison Square Garden

6- Cinco fluidos atrativos Pega Mulher

7- Dois hamburgueres

8- Alface

9- Queijo, molho especial

10- Cebola, picles, um pão com gergelim

11- Botafogo fora da zona do rebaixamento


12- Um chiclete, um clipe e um barbante


O Mcgyver conseguiu salvar o mundo com isso. Deve ser importante.

13- Vale Presente na loja da Ferrari

14- Ornitorrinco

15- Ligação do Barack Obama

16- Apple

17- Jogos para Playstation 5

18- Playstation 5

19- Um apê

20- Quatro cabeças de gado *


*Já me deram. não precisa mais


21- Molejo do Michael Jackson

22- Monalisa *

*Já me deram. não precisa mais


23-Sarcófago bizantino s/ múmia


24- Twitter de bolso. Ta, pode ser um blackberry

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desculpa a ausência.

Eaeeeeee pessoal. Sei que faz tempo que não apareço por aqui no blog. Até o Belchior esses dias apareceu por aqui para comentar e eu não. Mas acontece que tô muito ocupado com o fato de não fazer nada. Exatamente: o não fazer nada é uma filosofia que cansa bastante. Daí a ausência.

Vou explicar. Este mês de setembro tem sido o primeiro em 6 anos que deixei todas minhas obrigações de lado e segui em busca daquilo que acredito: virar milionário sem fazer porra nenhuma o dia todo. Depois de variadas tentativas, vi que não rolou e to voltando a tomar vergonha na cara. Daí atualizar o blog.

Sou formado em publicidade e meus últimos anos foram pauleira no quesito trabalho. Devido aos shows e projetos que tenho entrado ultimamente, ficou bem complicado conciliar qualquer coisa com essa vida de virar noites, sacrificar finais de semana, se alimentar mal. Ou seja, tava difícil conciliar qualquer coisa com o “trabalhar em uma agência de propaganda”.

E desde que saí, to vivendo uma vida muito louca. Ser dono dos seus próprios horários é algo muito bacana, mas ao mesmo tempo bem tentador. Quando você começa a pensar: depois que acabar Malhação eu atualizo o blog, é sinal que os horários é que são donos de você.

Graças ao bom pai, to com uma média legal de shows mensais. Contando eventos e participações pelo país, to quase completando 1 show por dia. Nas últimas duas semanas, por exemplo, estive em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Ribeirão Preto. Por sinal, essa última cidade merece destaque especial. Fiz La com A Divina Comedia e o Marco Luque um dos melhores shows: uma platéia de quase 1200 pessoas. Resumindo, larguei meu trabalho só na teoria, porque na prática trabalhei como uma prostituta durante várias noites seguidas. Claro que isso é uma metáfora: no tempo livre, as prostitutas malham pra caramba. Isso nem eu fiz.

Depois de anos trabalhando sem férias, eu queria experimentar esse tal de ócio criativo vespertino. Sinceramente? Curti não. Única coisa que desenvolvi nesse meio tempo foi uma ferida de tanto eu ficar coçando. Agora to desenvolvendo uma cacetada de projetos, motivo pela qual eu resolvi dar um tempinho nas minhas atividades publicitárias. Bem em breve vocês verão o que vai rolar de novidade. Enquanto isso, dou uma explanada melhor de 3 coisas que eu fiz quando não queria fazer nada. E antes que você reclame de eu postar só 3, já argumento: mais que isso eu já taria começando a fazer coisa demais.


1- Saí do MSN.

Enquanto você trabalha, o MSN é genial. Você se sente saindo um pouco do seu ofício para dar uma papeada. É algo meio subversivo. Você está contra o sistema. Quando você ta em casa, o efeito é o contrário. Dá uma coisa ver que metade da sua lista ta online trabalhando pra caramba e você ta de pijama as 3 da tarde. Esse tipo de coisa me fomenta a trabalhar. Mais dois dias no MSN a tarde e juro que eu ia no SEBRAE abrir uma empresa.

2- Não cozinhei

O ócio criativo realmente tem que ser levado a sério. Não dá pra eu querer ser ocioso e fritar bife. Por isso, antes de largar meu emprego eu consegui o máximo de permutas possíveis para o meu show. Todo dia um restaurante apoiador me abriga gratuitamente para uma alimentação bacaninha e que não precise do meu esforço pra nada. De preferência sem ser Buffet, que é pra eu não levantar e me servir.


3- Dormir

Se todo mundo gosta de viver um sonho, nada melhor do que tentar chegar nele dormindo, certo? Dormi tanto que chegou uma hora que eu não sabia distinguir qual dos dois mundos era a minha realidade. Pô, uma hora eu tava num mundo em que um Sundae andava de bicicleta voadora. Outra hora eu tava num mundo em que o Sarney ainda tava em Brasília. Pra mim era tudo muito irreal.



Agora ferrou. Descobri que de criativo o ócio não tem nada. Mãos a obra pois tenho ate 2010 pra comprar a Polônia. ( É segredo, não conta pra ninguém.)

terça-feira, 28 de julho de 2009

PARE DE SE LEVAR TÃO A SÉRIO.


Hoje em dia estamos vivendo a era do politicamente correto. Do cuidado com o que fala, do cuidado com o que escreve, do “vamos todos ficar certinhos e dar exemplo”. Não sei quando isso começou a virar regra, só sei que desde então o mundo ficou muito chato. Tão chato que pra essa opinião aqui resolvi reler o texto inteiro umas 5 vezes pra não ser mal interpretado.

Sim, pessoas adoram interpretar coisas erroneamente. Parece ser mais fácil criar novos significados maliciosos do que apenas ser literal na mensagem. Peraí, vamos entender melhor: politicamente correto é quando você tenta minuciosamente encontrar brechas pra ferrar alguém? Contraditório, né? Ou seja, ser politicamente correto é deixar a polêmica sempre ganhar do bom senso.

Aliás, esse termo já começa errado. Num país onde os políticos roubam descaradamente, fica difícil associar essa palavra a algo correto. Talvez por isso ninguém entenda o termo muito bem e apenas o sai executando. Afinal, o intuito é só achar polêmica, lembra?

Falo isso porque recentemente o Danilo Gentili, amigo meu e humorista, fez um comentário que teve “interpretações” racistas. Não vim aqui avaliar o teor da frase - que na minha opinião não foi nada maliciosa – mas sim comentar a consequência que isso gerou.

Sei que é assunto delicado brincar com raças. Tenho total noção do quanto isso representa para a história de um povo. Mesmo que o Danilo não tenha feito isso, citar uma raça numa frase já é motivo pros politicamente corretos de plantão ficarem alertas, procurando as suas brechinhas. Gostaria muito de viver num mundo em que os negros não tivessem sofrido tanto. Assim viveríamos num mundo igual. Inclusive nas brincadeiras. Mas isso não dá pra mudar.

Assim como não dá pra mudar o fato das mulheres terem sofrido tanto para atingir o merecido lugar que hoje estão. Portanto, também não mereceriam brincadeiras, certo?
Se você ri quando alguém brinca que MULHER não sabe dirigir e adere ao politicamente correto, então você é hipócrita. Pra ficar mais “correto” , vamos parar de brincar com Mulheres também. Elas também sofreram muito.

Gays então nem se fala. Não se brinca com uma comunidade que luta até hoje para conquistar seus direitos. Mas e se essa brincadeira serve para agregar todos ainda mais ? Não importa, é proibido.

Religião? Tá maluco? Qualquer menção a judeu e você vai preso. Aliás, escreveu judeu na frase acima, já é motivo pra processo. Então vamos evitar.

Brincar com características físicas? Não, isso é brincar com a diferença das pessoas. Se você brinca que seu amigo é narigudo e adere ao politicamente correto, então você é hipócrita. Mesmo que você seja gordo e esteja esperando uma resposta divertida? Não pode. Evite.

Sobrou brincar com o quê? Regionalismos? Não, o nordeste é sofrido também. Ahh, piada de gaúcho? Tá maluco, eles sofreram com a Revolução Farroupilha. Mineiro? Não se brinca com alguém que participou da Inconfidência. Vamos brincar com os cariocas?? Esquece, eles sofreram muito com os portugueses no final do século passado.

Pôxa, então vamos brincar com os portugueses. Hmmmmm… melhor não. Eles sofreram preconceito como colônia aqui no Brasil. Sem falar que na Europa, milhares morreram nas mãos dos franceses.

Esquece regionalismo. Vamo brincar com o futebol, que é paixão nacional. Mas com cuidado. Se ganharmos a Copa não podemos fazer chacota, por exemplo, com os franceses. Eles tiveram muitos problemas no passado com os ingleses…muitos morreram, melhor não brincar.

Vamos brincar então com as crônicas do dia. Falar de relacionamentos? Que tal? Hmmm, se bem que pega mal falar sobre isso numa época em que 76% dos casamentos acabam em divórcio. Acaba sendo um tema chato, né?

Celebridades? Não, expõe demais ao ridículo.

Políticos? Não se brinca com coisa "séria".

Vamo fazer piada de papagaio? Não, eles sofreram com o Ibama.

Piadas com ninjas? Não, a associação de ninjas do Brasil pode reclamar.

Mesas? Cadeiras? Posto de gasolina? Médicos? Trânsito? Ursos? Lixeiros? Não, alguém pode acabar saindo ofendido.

Então pra não ter mais problema, que tal evitar brincar com a vida? A gente poderia se levar cada vez mais a sério. Rir menos, se divertir menos, dividir menos mesas em bares. Por um lado seria mais “politicamente correto”, mas por outro a gente ia começar a sofrer pra caramba.


Ps: Facilitei a vida dos politicamente corretos de plantão e já destaquei os termos que poderiam gerar polêmica.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Dicionários.

A nossa lingua tem milhares de palavras. Que unidas a outras milhares, formam milhões. Que unidas com algumas de radical estrangeiro formam outras bilhões. Que unidas a 4 copos de cerveja não fazem a gente entender porra nenhuma. Por isso, para compreender melhor o que estamos falando, alguém com muito saco foi lá e criou o dicionário.

Lá temos a reunião de todas as palavras já inventadas na nossa língua. Quer dizer, quase todas. Não encontro, por exemplo, termos como “fudeu”, muito utilizado e apreciado por mim. Mas encontro palavras como “celeuma”, “inócuo” e “Brisaliantar”, esta última inventada agorinha mesmo e que passaria numa boa se eu não avisasse. Ou seja, pra quê tanta palavra? Pra brincar de Arnaldo Antunes e criar frases divertidas? A razão pra existir tanta palavra é uma só: existir os dicionários.

Pense: se as palavras são as mesmas, por que alguns dicionários vêm com milhares a mais? Eles fazem uma competiçãozinha pra ver quem ganha?

- Aí Aurélio, a gente precisa ter mais palavras que o Michaelis. Coloca aí “UABAUABA”
- Mas o que quer dizer?
- Sei lá, meu filho de 2 anos que falou isso ontem. Coloca como interjeição de medo.

E outra: qual o critério de seleção das palavras? Por que algumas não entram?

- Olha, não acho legal colocar essa palavrinha aqui: “Zumbiritar”. É uma palavra sem apelo comercial, sabe? Vai ficar lá no final, ninguém vai reparar. Vamos pensar numas opções com “R”? Elas aparecem mais fácil em cruzadinha.

Aliás, se tem uma coisa que odeio é intelectual de cruzadinha. O cara que só começa a falar bonito depois que aprendeu meia dúzia de palavras novas na revistinha Coquetel Nivel Médio. Que da noite pro dia, olha pra você e solta:

- Maurício, você não está imbuído no projeto.

Daí você não pode mostrar que não conhece o termo, responde:

- Tô SIM!!

Só que sem fazer ideia do que se trata. Aí sim o dicionário passa a ter função: você vai descobrir o significado da palavra. Ou tentar.

Você leva alguns minutos procurando até que o dicionário te explica direitinho o que “imbuido” significa. Você lê e tá escrito:

-Imbuido: o ato de imbuir.

Muito revelador. Daí você procurar Imbuir e tá lá:

- Imbuir: aquele que almeleia.

Daí você não sabe o que significa almeleia. Horas pra achar e tá lá:

- Almeleia: o mesmo que borigodofa.

Eles inventam as palavras pra você percorrer o dicionário inteiro. Por isso que tem o nome de alguém: Michaelis, Houaiss, Aurélio. É quem inventou as palavras. São autores. Dessa forma é fácil, pô.

- Are baba: aquele que are babeia.

Fica sempre naquela gincaninha. Página 278, página 236, página 45. Só faltou no meio ter uns patrocínios. Daí depois que você rodou o dicionário inteiro, chega na última palavra e lê:

- Zwalaléia: procurar imbuido.

Pior são os dicionários inglês-português pois, além de tudo, ainda são arrogantes. É mais ou menos um Aurélio que estudou na Wizard. Nunca falam a palavra óbvia. Gostam de mostrar que manjam um inglês Shakesperiano.

Todos sabemos que bonito é beautiful. Mas pro dicionário, não. Bonito é Sbrubbles. Quase como se você estivesse em Londres falando.

- Mas esse lugar aqui é deveras pitoresco, hein?

Nem um londrino sabe o significado de pitoresco. Imagino ele pegando o dicionário pra descobrir e ler:

-Pitoresco: procurar imbuído.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Os Programas.

Isso daqui não é muito bem um texto ou crônica. É mais uma observação que tive nesses dias analisando nossa rica- não culturalmente falando- programação de TV.

Ás vezes os nomes dos programas são mais legais que o próprio. Tanto que uns não tem nada a ver com o conteúdo e se dariam melhor como título de outro programa. Vamos aos Exemplos:


-Fantástico. O que é Fantástico? O Maurício Kubrusly no interior do Piauí entrevistando o artesanato local? Fantástico devia ser o programa da Maísa, que ela humilha o patrão em rede nacional e ele ainda sai sorrindo.



-Malhação. Pô, faz 15 anos que não tem uma academia por lá. Prova disso que o Mocotó tá obeso apresentando o Video Show. Malhação devia ser qualquer novela das 7, onde os mocinhos são malhadões sem camisa.



-Assim como ROLETRANDO devia ser qualquer novela das 8, onde os mocinhos são mocinhas.


-Pra Malhação não ficar sem nome, seria Uma Escolinha Muito Louca. Porque só assim pra justificar os alunos terem 25 anos, ainda estarem na 5ª serie e todo semestre uma aluna aparecer grávida.



-Globo Repórter devia se chamar Vale a Pena Ver de Novo. Afinal, é sempre o mesmo tema há mais de 10 anos. Pensando melhor, devia se chamar PANTANAL.



-O programa do Datena, Brasil Urgente, que só mostra sequestro, assassinato e acidente devia ser Pânico na TV.



-O Cine Privê devia ser mais direto e se chamar Sábado Animado.



-O Mothern da Gnt devia ser o A noite é uma criança, da Band pois mostra muito bem o que é passar a noite toda acordado fazendo uma dormir.



-Jogo Aberto é o BBB.



-O Domingão do Faustão seria A tarde é sua. Que é o tempo que o apresentador leva no domingo homenageando alguém.


-24 horas
seria o Chaves, que passa o dia inteiro, em todos os horarios do Sbt.



-15 minutos
é qualquer Jogo da Seleção. No caso, a duração assistida até ele ficar entediante.



-Falando na MTV, qualquer parada-Top-alguma-coisa devia se chamar Superpop.



-Que, por sua vez devia ter outro nome. Afinal, como um programa que só mostra mulheres seminuas se vendendo pode se chamar SUPERPOP? Qual o sentido? Devia ser Topa Tudo por Dinheiro.


Tem mais?


Maurício Meirelles.
(Ou seria O APRENDIZ?)